Dois pesos e duas medidas epistêmicas da Nomenklatura científica

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Geralmente a Nomenklatura científica, e especialmente a galera dos meninos e meninas de Darwin, ao equipararem (erroneamente) a teoria do Design Inteligente (sinais de inteligência são empiricamente detectados na natureza) como pseudociência eles aplicam a convenção auto-imposta da ciência limitando as pesquisas às explicações naturais testáveis sobre o mundo natural — “naturalismo metodológico” ou tão-chamado método científico.

Charbel Niño El-Hani abordou isso recentemente no seu artigo “Educação e discurso científico” publicado na coluna TENDÊNCIAS E DEBATES da Folha de São Paulo em 06/12/2008.

O naturalismo metodológico como “regra base” da ciência impõe aos cientistas a busca por explicações no mundo ao nosso redor baseadas naquilo que nós podemos observar, testar, replicar, e verificar.

Será que esta “regra base” da ciência pode ser aplicada a certas especulações transformistas de Darwin? Será que o “naturalismo metodológico” é realmente a verdadeira regra de base da ciência moderna?

Não é verdade! Se isto fosse a verdadeira “regra base” da ciência moderna, então como é que a narrativa da evolução pré-histórica do acaso e necessidade seria observada, testada, replicada, e verificada? Não é!

Qual metodologia é empregada para determinar se o acaso randômico e o design não intencional estão realmente por detrás da origem e evolução do universo e da vida? Não sabemos!

Qual teste foi aplicado e replicado para demonstrar que morcegos, baleias, e humanos passaram a existir puramente por acaso de ancestrais reptilianos ou que os répteis são uma conseqüência acidental de organismos unicelulares mudando por acaso ao longo de vastos períodos de tempo? Nem pensar!

Se o mesmo padrão rigoroso do naturalismo metodológico aplicado à narrativa do design fosse aplicado à narrativa do acaso e necessidade da Nomenklatura científica, esta narrativa também deveria ser retirada das abordagens da origem e evolução do universo e da vida nos livros-texto de Biologia e das salas de aulas de ciência. Cruz credo!

Explico. Só pra contrariar. Hoje, o que os cientistas mais encontram em seus laboratórios nas suas pesquisas é que máquinas complexas existem e que a explicação gradualista temporal de Darwin não fecha a conta. O pior de tudo é que eles sabem que não fecha a conta. Não existe observação direta da emergência da informação de complexidade e diversidade genética através da explicação consensual da Akademia.

Aqui neste blog nós já vimos que o consenso (toda a unanimidade é burra, não é mesmo Nélson Rodrigues???) é perigoso em ciência, e que nós podemos ter as nossas carteiras epistemológicas tungadas pelos agentes da KGB (peer-reviewers é mais chique) da Nomenklatura científica.

Não existe nenhum método demonstrável explicando a emergência da complexidade (bota informação genética nisso!!!), mas esta afirmação não demonstrável, que não passa pelo rigor do “naturalismo metodológico” é que é chamado de ciência, e é a única história científica que pode ser contada em salas de aulas de ciência. E na Grande Mídia internacional e tupiniquim. É que Darwin es amigo del Rey, mano!

Fui, sem entender bulhufas de Lógica 101 desse tal de “naturalismo metodológico”. Por que ele só é aplicável contra a TDI? E contra Darwin, nunca? Quando a questão é Darwin, é tutti cosa nostra, capice?

Dois pesos e duas medidas epistêmicas da Nomenklatura científica.

Traduzindo em graúdos: desonestidade acadêmica...