Revista Nature: cumprindo o objetivo espúrio de sua fundação

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Eu nunca levei muito a sério alguns editoriais da revista Nature por conhecer sua “origem” bastarda: ela não foi fundada como uma publicação estritamente científica, mas como um bastião de defesa da hipótese darwinista do transformismo das espécies pela seleção natural quando seus fundadores eram céticos da capacidade criativa daquele mecanismo evolutivo ser responsável pela origem e evolução da vida. Haja objetividade e desonestidade científica tudo ao mesmo tempo. É preciso tornar público a subjetividade e interesses escusos de indivíduos como Huxley et al que a historiografia ‘mainstream’ não ousa abordar.

A seguir o texto de Casey Luskin que reflete o entendimento deste blogger sobre o último ‘editorial-folhetim’ da Nature.

A revista Nature cumpre seu objetivo de defender a evolução a todo custo

No seu livro aclamado Evolution: The History of an Idea, o respeitável historiador da evolução Peter J. Bowler explica que a revista Nature foi fundada originalmente no final do século 19 por T. H. Huxley e outros com o propósito expresso de promover uma “campanha” para apoiar o darwinismo:

“Ao explorarem sua posição nesta rede, Huxley e seus amigos fizeram com que o darwinismo viesse para ficar. (Ruse, 1979a) [1]. Eles controlaram as publicações científicas — a revista Nature foi fundada em parte para promover a campanha — e manipularam as indicações acadêmicas. Hull (1978) [2] enfatizou quão importantes foram essas capacidades retóricas e políticas na criação de uma revolução científica. Os darwinistas adotaram uma abordagem flexível que desviou a atenção da oposição, minimizou a luta interna, e tornou fácil a entrada de outros se juntarem à sua campanha. Muitos, como o próprio Huxley, não eram rigidamente comprometidos com a teoria da seleção natural; eles estavam simplesmente ansiosos em promover o caso a favor da evolução.” [3]

A revista Nature permaneceu competente usando as táticas “retóricas e políticas” como parte de uma “campanha” para apoiar o darwinism, e assim não é nenhuma surpresa que a mais recente edição de Nature contenha um editorial louvando a nova versão do livreto Science, Evolution, and Creationism da National Academy of Science porque “resume as razões por que a evolução é, na verdade, tanto um fato científico como a existência de átomos ou de a Terra orbitar ao redor do Sol.” Tais declarações são deploráveis porque elas elevam a evolução ao status de um dogma inquestionável e assim ameaça o prestígio da ciência como uma voz objetiva na sociedade.

Mais importante de tudo, o que os cientistas que questionam o neodarwinismo devem fazer quando a principal organização científica dos Estados Unidos proclama que a evolução é tão inquestionável como a existência dos átomos e o modelo heliocêntrico do sistema solar? Claramente tais afirmações ameaçam a liberdade acadêmica dos cientistas divergirem da evolução neodarwinista. Como John Witt, senior fellow do CSC [Center for Science and Culture, do Discovery Institute] explicou recentemente, que existe dissenção científica significante do neodarwinismo que merece ser ouvida, mas a NAS está usando grande editos radicais de alcance gerais para remover a liberdade acadêmica dos cientistas que contestam a evolução.

O título do editorial da revista Nature é “Spread the word: Evolution is a scientific fact, and every organization whose research depends on it should explain why.” [Espalhem a palavra: a evolução é um fato científico, e toda organização cuja pesquisa dependa dela deve explicar por que.] Novamente, nós vemos a política em ação: eles pensam que os cientistas devem defender a evolução porque a sua “pesquisa depende dela.” Parece que o que Bowler chamou da defesa “retórica e política” da evolução da revista Nature somente aumentou — ao ponto do dogmatismo tipo religião — no ultimo século.

Postado por Casey Luskin em 11 de janeiro de 2008 7:18 AM Permalink

NOTA

1.RUSE, Michael. The Darwinian Revolution: Science Red in Tooth and Claw. Chicago, University of Chicago University, 2nd. ed., 1999.

2HULL, David L. “Sociobiology: A Scientific Bandwagon or a Travelling Medicine Show?”, in Sociobiology and Human Nature, M. S. Gregory et al., editors, San Francisco, Jossey-Bass, pp. 136-163, 1978.

3. BOWLER, Peter J. Evolution: The History of an Idea, Berkeley and Los Angeles, University of California Press, 3rd ed., pg. 185, 2003.