As predições de Darwin que falharam — Parte 1 de 14

terça-feira, dezembro 25, 2007

A série intitulada “As predições de Darwin que falharam” deste blog é baseada nos artigos de Casey Luskin respondendo ao material online do documentário “Judgment Day: Intelligent Design on Trial” [Dia do Juízo: o Design Inteligente no banco dos réus] “Judging PBS.com” da PBS-NOVA [A TV Brasil deles].

“A evolução ocorre, e daí?”

Tanto a Nomenklatura científica, como a Grande Mídia internacional e tupiniquim, e os nossos melhores autores de livros didáticos de Biologia do ensino médio afirmam e ensinam confiantemente o fato, Fato, FATO da evolução como sendo verdade científica inconteste corroborada pela robustez das evidências encontradas na natureza. Mas isso deveria incomodar alguém? Não, de jeito nenhum, pois até os atuais críticos científicos concordam que a “evolução” ocorre.

A Nomenklatura científica, a Grande Mídia internacional e tupiniquim, mais os autores de livros-texto intencional e sub-repticiamente lançam mão da estratégia de equivocação na discussão da controvérsia Darwin vs. Design: eles se recusam terminantemente definir o termo “evolução” para leigos não-especializados e estudantes do ensino médio.

A palavra “evolução” pode se referir a algo tão simples como mudanças mínimas dentro das espécies individuais ocorrendo ao longo de períodos curtos de tempo (Evolução #1). Esta mesma palavra pode ser usada para significar algo de alcance muito mais amplo, como a afirmação de que todos os seres vivos descendem de um único ancestral comum (Evolução #2).

Geralmente eles usam esses dois significados referindo-se à seleção natural [ou a quaisquer outros mecanismos evolutivos de A-Z, ou alfa-numéricos a serem inventados pela Nomenklatura científica] como tendo o poder de produzir toda a complexidade e diversidade da vida ao longo do tempo (Evolução #3).

Parada para ponderarmos juntos. Usada de um modo, a “evolução” não é um assunto controverso (i.e. Evolução #1), mas usada de outra maneira, aí sim, devido às evidências circunstanciais, no contexto de justificação teórica o clima fica quente (i.e. Evolução #2 ou Evolução #3). Mas o que faz a Nomenklatura científica, a Grande Mídia internacional e tupiniquim, e os autores de livros-texto de Biologia do ensino médio? Eles usam equivocadamente o termo “evolução” de modo impreciso demais para ser útil num debate científico.

Quando você ler ou ouvir a palavra “evolução”, pergunte: “Qual das três definições está sendo usada?” Os atuais críticos do neodarwinismo geralmente discordam da validade científica do termo Evolução #2 ou Evolução #3. Mas a discussão fica mais confusa ainda quando os darwinistas pegam a evidência a favor da Evolução #1, e tentam fazer com que ela apóie a Evolução #2 ou Evolução #3.

Os proponentes do darwinismo, que eu chamo aqui neste blog carinhosamente de “darwinistas fundamentalistas” [obrigado, Stephen Jay Gould, por esta pérola lingüística] são useiros e vezeiros em tirar da cartola ou da manga a estratégia “A Isca da Evolução” usando evidências de mudanças de pequena escala, como mudanças nos tamanhos dos bicos de aves (Evolução #1), e depois extrapolam esta modesta evidência para confirmar as especulações transformistas grandiosas de Darwin (Evolução #2 ou Evolução #3).

O gráfico acima se encontra aqui.

Parte desta discussão foi adaptada do novo livro-texto Explore Evolution.