A SCBR, do Renato Sabattini, e a USP “defendem” tardiamente causa do movimento do Design Inteligente ma non forte

sexta-feira, setembro 14, 2007

O boletim Agência FAPESP de 13/09/07 noticiou que o Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) e a Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas (SBCR) promovem, no dia 18 de setembro, na capital paulista, a 1ª Jornada em Defesa do Pensamento Científico.

Os palestrantes do evento discutirão temas como “Analfabetismo científico”, “Criacionismo”, “Pensamento Crítico” e “A defesa do pensamento científico nas universidades e centros de pesquisa”. O objetivo é defender o valor do pensamento científico na sociedade, principalmente o desenvolvimento do pensamento crítico na escola.

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Será que a Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas (SBCR) defende realmente o “valor do pensamento científico na sociedade” e principalmente “o desenvolvimento do pensamento crítico na escola” que envolve uma das teses do movimento do Design Inteligente: “Ensinar a controvérsia” sobre o fato, Fato, FATO da evolução? Se assim for, e eu pretendo conferir, sugiro ao Dr. Renato Sabattini, presidente da SBCR, a elaboração de um documento em conjunto com o NBDI – Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, para ser enviado ao MEC/SEMTEC/PNLEM sobre a abordagem da origem e evolução do universo e da vida em nossos livros didáticos de Biologia do ensino médio e superior com o ensino das evidências a favor e contra as atuais teorias conforme discutido pelos especialistas
nas publicações científicas.

O NBDI enviou ao MEC/SEMTEC uma análise crítica da abordagem das teorias da origem e evolução do universo e da vida em 2003 e 2005, denunciando duas fraudes (as mariposas de Manchester [melanismo industrial] e os embriões de Haeckel, e várias distorções de evidências para favorecer o fato, Fato, FATO da teoria geral da evolução) quando nem havia comissão de especialistas (PNLEM) que analisasse o conteúdo dos livros-texto do ensino médio. É tão-somente a partir de 2006 que esta comissão foi criada. Querer atribuir isso à “ONG de um homem só”, a “um simples professorzinho do ensino médio” é mera presunção deste blogger.

Eu duvido que o “ceticismo seletivo” da SBCR chegue a este ponto. Em que pese o destaque dado no boletim da FAPESP, o ceticismo desta conferência do Instituto de Geociências da USP e da SBCR é ideológico e direcionado contra a Weltanschauung dos de concepções religiosas. Ciência qua ciência não se prostitui com ideologias. Está cheirando mais uma confraternização de ateus, agnósticos, céticos seletivos e quejandos do que propriamente um encontro científico. Nem sei mais se devo ir lá...