Procurando agulha num palheiro – ainda não encontraram o tal de elo perdido!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Após quase 150 anos da publicação do livro Origem das Espécies de Darwin, há uma busca frenética para achar o tal de 'elo perdido' que confirmaria de vez suas especulações transformistas.

Tem sido frustrante por todos os lados – o Archeopteryx já foi descartado há muito como o elo entre dinossauros e aves. No lado das origens humanas, nós vimos muita desonestidade científica dos ultradarwinistas fundamentalistas do que em qualquer outra área científica – é fraude após fraude para mostrar ao mundo o tal de 'elo perdido'.

O achado do fóssil nomeado como Homo floresiensis foi 'trombeteado' aos quatro cantos pela Grande Mídia [está mais para Pinóquio do que jornalismo qua jornalismo quando a questão é Darwin] como um achado científico importante – "Este achado vai lançar nova luz em nossa compreensão da evolução humana" "Este achado vai mudar o nosso entendimento sobre a evolução humana" e outros macros evolutivos [oops, quase digitei 'macacos'] Ctrl – Alt – Qualquer achado fóssil...

Tenho percebido ao longo dos anos uma característica interessante na divulgação de achados assim – a Nomenklatura científica dá um passo à frente trombeteando o FATO da evolução, e depois dois passos para atrás forçada pelas conclusões de pesquisas científicas objetiva e honestamente elaboradas como esta aqui:



"Liang Bua 1 (LB1) exibe assimetrias craniofaciais e poscraniais nítidas e outros indicadores de crescimento anormal e de desenvolvimento. Anomalias de lado, 140 [SIC] características craniais colocam LB1 dentro dos limites de variação humana moderna, parecendo com as populações australomelanesiana. As características mandibulares e dentais LB1 e LB6/1 ou mostram nenhum desvio substancial do Homo sapiens moderno ou partilham de características (queixo recuado e pré-molares) com os pigmeus Rampasasa vivendo agora perto da caverna de Liang Bua. Nós propomos que LB1 procede de uma antiga população de H. sapiens pigmeus, mas mostram individualmente sinais de desenvolvimento de anormalidade, inclusive microencefalia. Outros restos mandibulares e poscraniais adicionais do sítio partilham do tamanho pequeno de corpo, mas não microencefalia". [1]

O texto se encontra no PNAS no Open Access.

Clique e faça o download gratuitamente deste artigo interessante. Para os mais especializados, recomendo também o texto no blog do antropólogo americano John Hawks.

Fui, mas pensando no baixo astral que a galera ultradarwinista fundamentalista frustrada deve se encontrar neste exato momento – meninos, cavem mais, quem sabe vocês ainda não cavaram o suficiente? Cavem, mas cavem o mais freneticamente possível, quem sabe vocês não encontram esse tal de 'elo perdido'?

Ou não seria uma grande corrente perdida?

[1] Pygmoid Australomelanesian Homo sapiens skeletal remains from Liang Bua, Flores: Population affinities and pathological abnormalities
T. Jacob, E. Indriati, R. P. Soejono, K. Hsü, D. W. Frayer, R. B. Eckhardt, A. J. Kuperavage, A. Thorne, and M. Henneberg

Liang Bua 1 (LB1) exhibits marked craniofacial and postcranial asymmetries and other indicators of abnormal growth and development. Anomalies aside, 140 cranial features place LB1 within modern human ranges of variation, resembling Australomelanesian populations. Mandibular and dental features of LB1 and LB6/1 either show no substantial deviation from modern Homo sapiens or share features (receding chins and rotated premolars) with Rampasasa pygmies now living near Liang Bua Cave. We propose that LB1 is drawn from an earlier pygmy H. sapiens population but individually shows signs of a developmental abnormality, including microcephaly. Additional mandibular and postcranial remains from the site share small body size but not microcephaly.