Corrigindo a Charber Niño El-Hani quanto à grafia do DI

domingo, agosto 13, 2006

O renomado biólogo evolucionista Charber Niño El-Hani, da Universidade Federal da Bahia, vai abordar numa mesa redonda do IV Encontro de Filosofia e História da Biologia, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no dia 17 de agosto o seguinte tema:

"Evolução das formas orgânicas: modularidade, desígnio inteligente e outras controvérsias".

Como Mayr, El-Hani é quem delineia o darwinismo aqui no Brasil, mas corrijo aqui o eminente biólogo quanto à grafia já adotada pelo movimento do DI no Brasil – não é 'desígnio inteligente', mas sim 'design inteligente'. Grafia até já acolhida pela nossa Grande Mídia. Por que a grafia de El-Hani e de outros autores menos versados na controvérsia está errada?

A teoria do Design Inteligente, e talvez El-Hani não saiba disso [leitura do DI enviesada pelo naturalismo filosófico?] é a ciência que estuda 'sinais de inteligência'. Um sinal não é a coisa significada. A TDI não tenta [e nem pode] entrar na mente de um designer e dizer o que um designer está pensando.

O foco epistêmico da TDI não é a mente de um designer (a coisa significada), mas ao artefato devido à mente do designer (o sinal). Os processos de pensamento do designer estão fora do escopo da TDI. Como um programa de pesquisa científica, a TDI investiga somente os 'efeitos de inteligência' e não da 'inteligência' per se.

Além disso, nós afirmamos que certos eventos do universo são melhor explicados por 'causas inteligentes' e não somente por 'causas naturais' [acaso e necessidade], o design que a Nomenklatura científica teima em afirmar ser 'aparente', uma 'ilusão', nós afirmamos ser detectado empiricamente na natureza por meio da 'complexidade irredutível' de certos sistemas biológicos [Michael Behe, 'A Caixa Preta de Darwin', Rio de Janeiro, Zahar, 1997] e pela 'complexidade especificada de informação' como assinatura de 'inteligência' [William Dembski, 'The Design Inference – Eliminating Chance Through Small Probabilities', Cambridge, Cambridge University Press, 2000 – um livro revisto por pares!!!].

Agora a Nomenklatura científica tupiniquim não vai poder dizer que o DI não é uma 'controvérsia' sendo discutida academicamente em nossa taba. O que é lastimável é que nesse encontro a TDI vai ser debatida, mas nós não fomos convidados para apresentar o que propomos e defendemos.

Situação epistemológica 'Catch-22' de El-Hani: ao debater intramuros o DI de forma unilateral em nada contribui para esta 'controvérsia', mas abordar o DI dessa maneira é como tenta bater palmas apenas com uma das mãos...

El-Hani, vou lá conferir, mas provavelmente vou ouvir o mesmo 'mantra ultradarwinista': a TDI é 'criacionismo disfarçado num smoking barato'. A TDI não é ciência. Nada mais falso. Não sermos convidados até hoje para expormos nossas idéias, sem as sanções do patrulhamento ideológico e de não colocar carreiras acadêmicas em jogo, prova tão-somente uma coisa: a Nomenklatura científica está blindando as atuais teorias da origem e evolução da vida de coisa mais séria e há muita mais em jogo – perda de status acadêmico, por exemplo. E 'otras cositas mas' como laborar em vazio epistemológico há mais de um quarto de século...

Em tempo – até hoje ninguém falseou a tese de Behe, e aqui na taba tupiniquim ninguém ainda lidou com as teses de Dembski...