A TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE – Parte 3

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Baseado nas obras dos teóricos do Design Inteligente: William A. Dembski e Michael J. Behe.

Plano de pesquisas propostas pela TDI

Freqüentemente os oponentes e críticos do DI afirmam que a TDI não é ciência porque não tem um plano para verificação experimental. Mas o DI tem esse plano de verificação. Atualmente são dez os temas de pesquisa,[i] mas somente cinco são aqui brevemente considerados:

· Métodos de detecção de design. Técnicas, métodos e critérios de detecção de design intencional são amplamente empregados em várias ciências especiais (a ciência de investigação criminal, a criptografia, a arqueologia, a inteligência artificial (cf. o teste de Turing) e a busca por inteligência extraterrestre [SETI - Search for Extraterrestrial Intelligence]). Os critérios da complexidade irredutível de Behe e da complexidade especificada de Dembski precisam estar no centro dessa discussão com mais seriedade pela academia brasileira.[ii]
· Informação biológica. Como que a matéria foi formada em maneiras muito especiais a fim de constituir a vida? Dembski aborda esse problema no seu livro No Free Lunch, mas há necessidade de mais trabalho e pesquisa nesta área.
· Complexidade mínima. Coisas vivas são sistemas complexos constituídos de sub-sistemas complexos que por sua vez consistem de outros sub-sistemas até que um nível de organização é atingido que é quimicamente simples. Essa complexidade mínima fornece confirmação decisiva de design inteligente?
· Capacidade de evolução. As limitações na capacidade de evolução por meio de mecanismos materiais se constituem em evidências de design intencional.
· O princípio de “engenharia metodológica”. Os sistemas biológicos precisam ser compreendidos como sistemas de engenharia: origem, construção, operação, falha de operação, desgaste, reparo, modificação (acidental ou por design intencional).

Conclusão circunstancial:

A visão darwinista da vida está rapidamente perdendo o contato com a realidade e com o design intencional que permeia o mundo no nível bioquímico - um mundo sobre o qual Darwin nada sabia. São muitas as anomalias, que têm resistido todas as tentativas de serem resolvidas pelos procedimentos existentes do paradigma atual, mas a velha guarda do darwinismo, mesmo sabendo que as suas “idéias não correspondem aos fatos” [Cazuza], não está e nem ficará quieta: existe atualmente nos Estados Unidos uma inquisição sem fogueiras para os que criticam cientificamente o darwinismo[iii].

No seu livro The End of Christendom, Malcolm Muggeridge escreveu: “Eu estou mesmo convencido de que a teoria da evolução, especialmente na extensão na qual tem sido aplicada, será uma das maiores de todas as piadas nos livros de história do futuro. A posteridade irá se maravilhar como uma hipótese muito superficial e tão dúbia pôde ser aceita com a incrível credulidade que tem sido aceita”.

A visão darwinista, porém, como os ‘epiciclos’ de Ptolomeu, recusa-se em procurar a porta de saída paradigmática, para ser substituída por uma nova visão baseada na realidade: Design Inteligente.

Bibliografia sobre a TDI:
1. BEHE, Michael J., A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.

2. BUELL, Jon e HEARN, Virginia, (eds.), Darwinism: Science or Philosophy? Dallas, TX:
Foundation for Thought and Ethics, 1993.

3. DEMBSKI, William A., The Design Inference: Eliminating Chance Through Small
Probabilities. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

4. ________. No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot Be Purchased
without Intelligence. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2002.

5. ________. The Design Revolution: Answering the Thoughest Questions About Intelligent
Design. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2004.

6. GONZALEZ, Guillermo e RICHARDS, Jay W., The Privileged Planet: How Our Place in the Cosmos is Designed for Discovery. Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2004. Um tratado excepcional sobre a evidência de design derivado da astronomia e cosmologia.

7. MENUGE, Angus. Agents Under Fire: Materialism and the Rationality of Science. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2004.

8. THAXTON, Charles B.; BRADLEY, Walter L.; OLSEN, Roger L., The Mystery of Life’s Origin: Reassessing Current Theories. Nova York: Philosophical Library, 1984. Sem dúvida, o livro que lançou a base científica para a moderna TDI.

Bibliografia sobre as implicações culturais da TDI:
1. CAMPBELL, John Angus e MEYER, Stephen, Darwin, Design, and Public Education. Michigan: Michigan University Press, 2003.

2. DEMBSKI, William A. (ed.), Mere Creation: Science, Faith and Intelligent Design. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1998.

3. _______. Intelligent Design: The Bridge Between Science and Theology. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1999.

4. DEMBSKI, William A., e KUSHINER, James M. (eds.). Signs of Intelligence: Understanding Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2001.

5. DEMBSKI, William A. (ed.), Uncommon Dissent: Intellectuals Who Find Darwinism Unconvincing. Wilmington, DE: ISI Books, 2004.
6. DEMBSKI, William A. e RUSE, Michael. Debating Design: From Darwin to DNA. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

7. HUNTER, Cornelius G., Darwin’s God: Evolution and the Problem of Evil. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2001.

8. _______. Darwin’s Proof: The Triumph of Religion Over Science. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2003. A religião aqui é o darwinismo.

9. JOHNSON, Phillip E., JOHNSON, Phillip E., Darwin on Trial. Downers Grove, IL:InterVarsity Press, 1991.

10. _______. Reason in the Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law and Education. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1995.

11. _______. Defeating Darwinism by Opening Minds. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1997. Traduzido para o português no Brasil, mas encontra-se esgotado.

12. _______. Objections Sustained: Subversive Essays on Evolution, Law and Culture. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1998.

13. _______. The Wedge of Truth: Splitting the Foundations of Naturalism. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2000. Traduzido para o português como Ciência, Intolerância e Fé - A Cunha da Verdade: rompendo os fundamentos do naturalismo.

14. _______. The Right Questions: Truth, Meaning and Public Debate. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2002.

Bibliografia sobre a história da TDI e o MDI:

1. O’LEARY, Denyse. By Chance or by Design? Minneapolis, MN: Augsburg Fortress, 2004. Escrito por uma jornalista canadense visando os leigos.

2. WOODWARD, Thomas. Doubts About Darwin: A History of Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Baker Books, 2003.
[i] DEMBSKI, William A., The Design Revolution, p. 310-17.

[ii] A ilação, errônea, da maioria dos acadêmicos brasileiros de que a TDI é criacionismo e o total desconhecimento da obra de Dembski são, para este Autor, as causas da alienação da TDI por parte da Academia. A TDI cai ou se estabelece pelos seus próprios méritos que precisam ser devidamente considerados: se o design encontrado na natureza for demonstrado cientificamente que é aparente, não detectável e produto de leis e processos naturais não guiados como o acaso, necessidade, mutações e seleção [não é atributo de inteligência???] natural nós tiramos a TDI da mesa de debate como teoria que se propõe substituir as teorias da origem e evolução da vida atuais.

[iii] Nos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, não é crime criticar o governo, mas criticar Darwin é considerado crime de lèse majesté. Vários professores universitários, que de alguma forma sofreram sanções acadêmicas, são mencionados por Angus Menuge in Agents Under Fire, p. 200-01. A razão maior para nós do NBDI protegermos atualmente os professores e alunos de universidades públicas e privadas que são simpáticos à TDI deve-se a esse tipo de ‘patrulhamento ideológico’. A ‘liberdade de cátedra’ e o debate de diversidade de idéias foi jogada na lata do lixo. No Brasil não é menos diferente. Razão disso? A toxina do materialismo filosófico travestido de metodologia científica.